quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tudo começou: Paulo Gonzo começou a sua carreira como co-fundador, compositor e vocalista do grupo Go Graal Blues Band, em 1975. Alguns anos mais tarde, o grupo assinou com uma editora local e, em 1979, lançou o seu primeiro álbum Go Graal Blues Band, ao qual se seguiu o single "Outside".Em 1980, surge um novo single "Touch Me Now" do segundo álbum, White Traffic".


Um ano mais tarde, o single "Lonely" precede a publicação do mini-LP "Black Mail" e "Colectânea", ambos de 1983. Após a edição de um novo álbum, "Dirty Brown City" em 1984, Paulo Gonzo decidiu iniciar a sua carreira a solo. O seu primeiro single, "So Do I" (CBS) viria a transformar-se num enorme êxito.No ano de 1986, gravou "Somewhere in the Night" (CBS) na versão maxi-single, que lhe valeu a assinatura de um contrato discográfico com a Sony Music Entertainment (na época, CBS Portugal).Carreira a Solo:1986- data do lançamento do álbum de estreia "My Desire" (CBS) que incluía originais da autoria de Charlie Midnight, Dan Hartman, Daniel Lavoie e Jimmy Scott, bem como uma grande interpretação de "These Arms of Mine" (CBS), do grande Ottis Redding.1987- em meados de 1987, foi a vez de "Stay" (CBS), um 45 rotações que esteve classificado várias semanas consecutivas no Top Nacional de singles e vendeu mais de 10.000 cópias.1988- edição do máxi-single "My Girl/She Knocks Three Times" (CBS) célebre tema de Smokey Robinson, igualmente popularizado por Ottis Redding.1989- lançamento do maxi-single "Can´t Be With You" (CBS).1992- inicio das gravações do seu primeiro álbum a solo "Pedras da Calçada" (Sony Music), precedido por um trabalho de pré-produção em Fevereiro. "Pedras da Calçada" (Sony Music) foi o primeiro passo de Paulo Gonzo em edições discográficas cantadas no nosso português.As participações musicais estiveram a cargo de João Allain (ex-companheiro da Go Graal Blues Band) nas guitarras, Alexandre Frazo na bateria, Yuri Daniel no baixo e contrabaixo acústico, Ricardo Cruz também no baixo, Alexandre Manaia nos teclados, José Salgueiro nas percussões e Edgar Caramelo no sax alto. Os coros são de Rita Guerra e Isabel Campelo. "Pedras da Calçada" tem produção de Luís Oliveira.De entre as doze músicas que compõem o disco, existe uma que se destaca pela sua melodia e sensualidade: "Jardins Proibidos", a música, a letra. A canção perfeita de Paulo Gonzo. Um verdadeiro monumento da música portuguesa.1993- em Novembro é publicada uma colectânea em inglês de sucessos de Paulo Gonzo "My Best" (Sony Music).1995- lançamento do álbum "Fora d' Horas" (Sony Music) com participações especiais de músicos derenome, nacionais e estrangeiros. Nani Teixeira e Pedro Abrantes na secção rítmica, Alexandre Diniz nos teclados, nas guitarras João Cabeleira (Xutos e Pontapés), Luís Fernando e Xavier Tox Geronimi (habitual comparsa de Ethienne Daho). Na feitura de algumas letras do disco, as participações são tão ou mais especiais: Pedro Abrunhosa, Rui Reininho e Pedro Malaquias. A produção certeira foi de Frank Darcel (ex Marquis de Sade, produtor de Pascal O' Bispo, Etienne Daho, GNR e Quinta do Bill). "Fora d' Horas" é segundo palavras de João Gobern (jornalista/cronista): "um cd que respira alegrias, angústias, paixões, excessos, ironias, memórias, futuros, noites(muitas noites) na justa medida dos instintos, despreocupado com as regras da normalização e com o flagelo da pré-programação.". Temas como "Acordar", "Tiro À Queima Roupa", "Leve Beijo Triste" e "Noite das Sete Colinas", tornaram-se autênticos marcos da música portuguesa.1997- edição do álbum "Dei-te Quase Tudo" (Sony Music), que conseguiu a proeza de ser Sextúpla Platina. Um verdadeiro best-of do melhor de Paulo Gonzo num só disco: "Jardins Proibidos" (original e com a participação especial de Olavo Bilac dos Santos e Pecadores), "Pedras da Calçada", "Caprichos da Lua", "Sete Vidas", acordar entre outros.1998- lançamento do álbum "Suspeito" (Sony Music), que foi Disco de Platina. Mais uma vez produzido por Frank Darcel e com uma participação especial de James Cotton (ex-trompetista de Miles Davis) e onde é continuada a parceria de Paulo Gonzo com o letrista Pedro Malaquias e Rui Reininho (em "Eco Aqui" e na adaptação de "These Foolish Things").Como sempre, Paulo Gonzo faz-se acompanhar também aqui de excelentes músicos, quer nacionais como estrangeiros. Bernardo Sassetti, Zé Pedro, Gonçalo Pereira, Texino (ex- companheiro de Ethienne Daho), Dalú, Nani Teixeira, Phillipe Decock e Flak (ex- Rádio Macau), entre outros.As músicas de sucesso continuam a estar presentes, sendo exemplos "Pagava P'ra Ver", "Ser suspeito", "Fogo Preso", e "Humano" e "Pouco Mais".1999- Paulo Gonzo "Ao Vivo Unplugged" gravado nos Estúdios Valentim de Carvalho, revisita uma grande parte do percurso a solo de Paulo Gonzo, desde o longínquo mas omnipresente "So Do I", ao mais recente "Ser Suspeito", passando por alguns dos seus êxitos mais óbvios e por outras preciosidades menos evidentes: "Jardins Proibidos" e "Dei-te Quase Tudo" inevitáveis num disco ao vivo; as interpretações do blues standard "Georgia On My Mind", e de "Coisas Soltas". Dois momentos altos em qua a voz de Paulo Gonzo sobe ao seu melhor nível, acompanhada em ambos os temas pela soberba performance de Bernardo Sassetti, ao piano, e em "Coisas Soltas" pela cumplicidade inebriante de Rui Reininho.Próximo do final, mais dois convidados impõem a sua presença: Tim e Zé Pedro dos Xutos e Pontapés. Tim é igual a si próprio na versão acústica de "Chuva Dissolvente" e Zé Pedro empresta a sua guitarra à energia eléctrica de "Curva Fatal".

2 comentários: